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"O estilete eletrônico substitui o pincel"
O computador está começando de conquistar agora também os ateliês dos pintores. Em vez de cavaletes e paletas estão lá televisões à cores, monitores de computadores brilhando verde, teclados; um “estilete eletrônico” está substituindo o pincel, e também as cores estão criadas pelo computador. “Eu só precisei poucas semanas para me acostumar a este computador de desenho”, fala entusiasmado Paul Xander do laboratório de computação gráfica do Institute of Technology New York com seu aparelho de 150.000 dólares norte-americanos. “Agora eu nunca quero mais trabalhar com tinta e lápis como antes.” Como prova, ele conduz uma caneta pequena sobre um painel branco. Como feito de mão de fantasma, um ponto de luz piscando e claro no monitor segue qualquer movimento desta caneta eletrônica sobre o painel, pinta linhas finas ou grossas, pretas ou coloridas apertando um botão. Precisa só apertar uma tecla e já uma área inteira brilhe em uma das 256 cores. Detalhes repetidas Paul Xander precisa desenhar só uma vez porque ele pode multiplicá-las em qualquer lugar da imagem. O que ele não gosta, ele apaga rapidamente de novo. Uma técnica semelhante se usa também para o retoque de imagens. Dentro de um “digitalizador”, como se chama o aparelho, pode o modelo - por exemplo uma foto - ponto por ponto ser transferido automaticamente à memória do computador. Depois disso é muito fácil corrigir cores, apagar rostos indesejados ou até transformar a “Mona Lisa” numa negra loira com bigode.
Desta forma surge uma imagem no computador de desenho de um barco velho na praia: Dentro de poucos minutos aparece o esboço no monitor. Com o teclado se solicita cor – criada eletronicamente – e com o estilete se transfere para a área desejada em segundos. Só depois disso começa o trabalho verdadeiro: O desenhista busca ampliações da imagem no monitor e trabalha nos detalhes: tons cinzentos e marrons no fundo do barco, pedras e suas sombras, nuvens.Detalhes freqüentes só precisando desenhar uma vez e multiplicar eletronicamente depois. Enfim uma câmera especial transfere a imagem pronta a uma fotografia de filme a cores.
Scanned de : Gillhausen, Rolf (Hrsg.), Das war 1983, Stern Jahrbuch 1983, Hamburg 1984, p.46-47;
É muito surpreendente para nós hoje, como o desenvolvimento progrediu nestes últimos 30 anos. Nesta época um computador como este custou 150.000,00 dólares norte-americanos e não era disponível nas lojas para o cidadão comum. O computador trabalhava só com 256 cores. Olhando as imagens por perto, dá nas vistas logo a resolução precária, aparecem os poucos pixels. E precisava-se morar em Nova Iorque e ser um especialista escolhido na área de computação gráfica. Que diferença com hoje ! Hoje: Os computadores de hoje trabalham no mínimo com 16 bit, isto significa que eles têm 16 milhões de tonalidades de cores. E as imagens podem ter 30 até 50 milhões de pixels ou mais, isto significa que a resolução é fantástica até para impressos gigantes e outdoors. É bom de vez em quando, se conscientizar deste desenvolvimento. Muito rápido se esquece disso tudo. Num lado um desenvolvimento muito positivo que não está sendo percebido pela maioria. Qualquer empresa, qualquer produto, mesmo na agricultura e agropecuária trabalha hoje com computadores. Quando nós vemos vacas no pasto, estas vacas têm pequenos chips nas orelhas em que todos os dados importantes estão armazenados. No outro lado as pessoas estão sendo confundidas fortemente pelas novidades e avançamentos caindo permanentemente em cima delas, elas não são capaz de processar isto tudo emocionalmente. As possibilidades de um uso positivo existem, vamos as aproveitar e esperamos que nós não vamos recair numa era escura com desinformação e superstição porque a nova técnica sozinha não pode realizar isto. O computador é uma ferramenta comparável a uma faca, muito útil para o homem e ao mesmo tempo pode matar. Nós podemos imaginar viver sem faca ? Nós podemos responsabilizar os computadores para o mal em nosso tempo ?(*)
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